Lu

Minha vida em 2008 foi uma novela- daquelas de quinta categoria, tipo Bete, a Feia na versão colombiana.

Muitas dramas, choros, amores, porres, desenvolvimento de teses esdúxulas, nenhuma pautada na vida real. Tomei cada tombo por desconhecimento teórico e prático...

Mas voltando à vaca fria- RETROSPECTIVA 2008- muitas mudanças, principalmente de atitude! Finalmente voltei a Terra depois de viver no mundo intelegível de Platão.


Não seria justo se eu dissesse que eu só me ferrei, mas digamos que ocorreu em 97% do tempo útil, pero TUDO válido, afinal o que não mata, fortalece, diria o sábio.

E claro que no mundo dos percalços nós encontramos pessoas fantásticas já que o mais bacana do ano foi que eu não me fodi sozinha. Tive grandes companheiros na arte de entrar pelo cano, dar com os burros n' água, enfiar o pé na jaca, chorar as pitangas. Amigos (as) e seguidores (as) fiés em todas as espécie de presepadas!

Justiça seja feita: quantos amigos sensacionais eu tenho! Oxalá meu Pai! Novos ou velhos, essa galerinha deu show em 2008!

Contudo, por incrível que pareça eu estou feliz, muito FELIZ mesmo, quase ao ponto de rolar no chão dando gargalhadas histéricas! Brincadeira...

Falando sério, dei uma mega virada de mesa em 2008 em muitos sentidos: Tirei do fundo do baú a pequena cangaceira ítalo-nordestina que costumava abalar os recintos com comentários ácidos, mas sempre sinceros e que, sem querer, impunha um estilinho meio estranho de enxergar o mundo para total infelicidade do mundinho TFP que vive. Soy yo!

Que venha 2009! E você, caro ano que está chegando, encontrará uma Luzinha mais calejada, um pouco menos estúpida, um tiquinho mais esperta e super disposta para o que vier!

FELIZ 2009 aos meus amigos-leitores e leitores-amigos!! Continuem me esculhambando no ano vindouro porque EU GOSTIO!!!!
Lu


Passei alguns anos hibernando, curando feridas, me resgatando, descobrindo outras facetas da minha existência e, quando voltei, encontrei um mundo diferente; o das pessoas descartáveis.


Não sei bem como isso se deu - ou se talvez essa realidade já estivesse presente antes e não percebi - mas foi chocante constatar o quanto se tornou normal a coisificação dos humanos.


Vive-se uma cultura onde a praxe é conferir utilidade às pessoas, que passam a ser tratadas de acordo com essa utilidade. Esse alguém passa a ter uma espécie de preço, uma valoração que dependerá do momento, da necessidade e dos desejos humanos.


É bem incomum as pessoas terem interesse pelo outro, pela sua vida, seus gostos, suas limitações e sua essência. As relações são superficiais porque as pessoas são consideradas descartáveis, tanto por quem descartou quanto pelo próprio descartado que, não raras vezes, tem orgulho dessa condição. Impressionante.


Eu acredito que as pessoas não têm preço, têm valor. O conjunto de valores que uma pessoa possui e a forma com que ela faz jus a eles definem a sua dignidade.


Não sou uma pessoa que se conforma facilmente com a vida, o destino e essas coisas... Confesso que tentei dançar conforme a música, mas não teve jeito. Eu, simplesmente, não me conformo.


Todos podem escolher a forma como querem percorrer a vida; pelo atalho do preço ou o caminho do valor. Penso que já fiz minha escolha.