Lu
Tenho um sonho: Ser o Xico Sá! E ele sabe disso.

XICO, QUANDO EU CRESCER VOU SER IGUALZINHA A VOCÊ!

http://carapuceiro.zip.net
Lu


Por alguma razão que eu desconheço é extremamente comum as pessoas me procurarem pedindo conselhos e opiniões.

Fico lisonjeda mas um pouco cabreira..De onde tiraram que eu tenho know how para opinar sobre qualquer assunto que seja? Poucas pessoas falam tanta bobagem ou tem os pensamentos tão virados quanto os meus...

Enfim - e já que é assim - resolvi elaborar uma pequena lista com as perguntas mais frequentes que me chegam aos ouvidos:


1- "Fulana(o) vai jantar em casa. O que eu faço para impressionar?"
Moqueca de peixe, meu (minha) caro (a). Simples, leve, gostoso e quem vê, acha que deu um trabalhão para fazer.


2- "Com que roupa eu vou?"
Com uma preta. Elegante e emagrece.


3- "Combinei de sair com dois rolos no mesmo dia...E agora?"
Bem: 1º .escolha o que te diverte mais; 2º . Seja gentil com o outro; 3º Tome vergonha na cara! Não existem mais a monogamia e a ombridade no mundo?


4- "Não gosto do meu trabalho, odeio meu chefe, estou nessa há 5 anos mas ainda não pensei em procurar outra coisa..." ou " Meu casamento (namoro, relação) está uma merda, eu não amo mais ele(a) mas não tenho coragem de terminar..."
Por gentileza, vá fazer uma terapia.


5- O que eu faço, o que eu faço, o que eu faço?
Diga a verdade. Sempre.
Lu


O Budismo tem uma série de dogmas e leis interessantíssimas. O Dharma fundamental - e o qual eu acredito piamente - é a Lei da Causa e Efeito. Dizem os budistas:

"Toda Ação má provoca um Efeito mau,
Toda Ação boa provoca um Efeito bom,
Toda Acão praticada por uma pessoa, só ela sofre o efeito"


Bem, na quarta-feira fui surpreendida pelas minhas duas grandes companheiras de jornada, Marina e Maria, com uma festa de aniversário surpresa. Eu adorei! Nunca tinha tido uma dessas antes. Estavam presentes novos e velhos amigos, pessoas que eu não via há um tempão, como a Gabi e seu enorme panceps.


O evento me fez pensar em que bem eu havia feito para ter de volta tudo aquilo. E não me refiro apenas à festa, me refiro a estar rodeada de amigos tão sinceros, pessoas tão bacanas que, de alguma forma, eu consegui cativar pela vida.


Todos que estavam presentes merecem minha gratidão e minha incondicional amizade. Marina e Maria, vocês duas, especialmente, merecem um prêmio Nobel. Vou enviar seus nomes para o Comitê Sueco no próximo ano. Vocês me aturaram tanto, me ouviram tanto, agüentaram todos meus chororôs durante o ano e, mesmo assim, tiveram a iniciativa e o puta trabalho de me dar uma festa. MUITO OBRIGADA!


Estou muito feliz com meus trinta e dois anos. Nunca tive qualquer neura com idade. Segundo o João Ubaldo, “a idade não está na mente, está nas juntas” e as minhas continuam intactas. Sou moleca, sorridente e otimista, aparento ser bem mais nova do que sou. Desta forma, não ligo para os anos, para as velas do bolo, para as memórias de infância que para alguns, remontam a era mesozóica.


Ao invés disso, comemoro a cada ano meu progresso. Sou muito melhor hoje do que eu era aos vinte anos. Hoje tenho plena consciência dos meus princípios, da minha personalidade, das minhas vontades, do meu corpo, do meu espírito. Tenho um auto-orgulho incrível. O amor que eu recebo diariamente, meus amigos e meu filho são prova de que estou no caminho certo.

Lu
Costumo dizer que virei gente depois que o Pepeu nasceu... e é a mais pura verdade.

Confesso que nunca quis, realmente, ser mãe. Sempre gostei de crianças, tomei conta de várias mas não via com muito ânimo a possibilidade de ter as minhas porque sou uma pessoa que preza muito a própria solidão.
Quando estou em casa gosto de passar horas no meu silêncio, ruminando coisas, criando teorias, viajando em roteiros imaginários que eu sei que jamais escreverei.

Eu simplesmente AMO esses momentos e a maternidade não combina com eles. Crianças, eu pensava, nos solicitam o tempo inteiro e eu sou muito egoísta para dar meu tempo integral a elas.

E tive o meu.

O nascimento do Peu é uma história à parte: Como sempre fui super natureba e confiava plenamente na minha capacidade de parir, exigi um parto natural. Não normal, natural; sem drogas, anestesias ou intervenções médicas. Na verdade eu queria um parto domiciliar, mas para não enfartar o pai da criança, abri a concessão de dar a luz em um hospital...

Virei São Paulo do avesso e, quando faltavam três semanas para o nascimento, encontrei o médico ninja que topou acompanhar o parto nos meus termos. Contratei uma doula e me preparei para a festa.

O trabalho de parto durou 30 horas. Eu entrei no hospital na quinta e Pepeu nasceu no sábado. Embora exausta, eu estava radiante.Tudo saiu como eu imaginava e todos saíram ganhando: A comunidade médica ganhou a comprovação fática de que mulheres pequenas podem parir crianças grandes naturalmente e que tudo acaba bem, eu ganhei perspectivas- percebi que posso tudo- e o hospital, por dois dias, ganhou uma atração- recebi a visita de médicos, enfermeiras, doulas e até do diretor da maternidade que queria conhecer, pessoalmente, a maluca do 719, também conhecida como “Luluzinha 30 horas”.

Estranhei o bebê no começo. Não foi aquele amor à primeira vista que todas diziam. Desequilíbrios hormonais também não ajudaram nessa adaptação inicial....passei duas semanas chorando sem parar.

Uma madrugada, depois de três semanas do nascimento, estava amamentando o pequeno, exausta, descabelada, faminta, me acostumando ao fato de ter que alimentar um bebê de hora em hora, 24 horas por dia, com meu próprio corpo quando.... aconteceu. Por um instante, um instante rápido, ele abriu os olhinhos, me olhou fixamente e deu uma espécie de sorriso, me reconhecendo. Foi aí que eu virei mãe.

A partir daquele momento começou a delícia das pequenas descobertas; aquela pintinha que ele tem igual a minha e no mesmo lugar, os cílios cumpridos, o sorriso, os mesmos olhos expressivos, o jeito tímido diante de estranhos, a unha roída pela ansiedade...

E o amor...ah, o amor! Sempre ouvi falar do amor de mãe mas só hoje eu entendo a plenitude do sentimento. Quando o amor de mãe despertou em mim, não foi apenas em relação ao Peu, mas se estendeu a toda a humanidade. Hoje me sinto um pouco responsável por cada pessoa que me rodeia.

Dizem que ser mãe é padecer no paraíso...eu acho que ser mãe é se divertir no inferno. A rotina não é fácil mas eu não me lembro de como era minha vida antes do Pepeu. Cada noite sem dormir (e não foram poucas), cada minuto em um pronto-socorro pediátrico, cada CD riscado, livro desenhado, monitor arranhado valem pela frase espontânea, sincera e quase distraída: “Mamãe , você é uma plincesa”.

...................

Esse relato é uma parte da minha história, um pedaço da minha vida, uma parte minha que ofereço a duas mães especiais: à minha grande amiga Gabi, que está para iniciar seu próprio relato com a Beatriz e à minha amiga-irmã Raquel, que presenteou o universo com a sua Rafaela.

Beijos às duas. Amo vocês.
Lu

"A honestidade é coisa durável por ter geralmente pouco uso."
Provérbio sueco
Lu

O pessoal anda reclamando do conteúdo desse blog.


Dizem que tenho fama de ser “cabeça” e que até agora não postei nada que preste.


Querem que eu discorra sobre o existencialismo de Camus em oposição a Sartre. Querem que eu dê minha opinião sobre pan-arabismo e atual situação política no Oriente Médio. Querem que eu fale de cinema e defina a nouvelle vague nacional. Querem que eu escreva sobre música e explique porque eu, admiradora confessa do punk/rock, agora navego pelas águas pacíficas da MPB...


Pessoas, não escreverei sobre nada disso por um motivo muito simples: Esse não é um espaço democrático. O blog é meu e eu falo sobre o que eu quiser e, sinceramente, não ando com a menor disposição de bancar a intelectual.


Para terem uma idéia do desapego, até o Win eu abandonei. Além disso, troquei O Aleph pelo Comer, Rezar e Amar, sem um pingo de peso na consciência e não terminei nenhum dos dois.


Estou numa fase em que o que eu quero é simplificar a vida e me dedicar aos assuntos comezinhos do dia-a-dia. Não quero saber do colapso da economia mundial, não quero saber dos reflexos da eleição do Obama, não quero saber nada sobre a quebra de sigilo do Protógenes...O que me interessa saber, atualmente, é se realmente a Luana não voltará para o Dado.

Não quero ser inteligente, quero estar magra.
Essa é minha fase atual e vou curtindo enquanto durar. Até lá me reservarei ao direito de ser fútil e um pouco egocêntrica....só para fazer diferente.
Lu

And love is not an easy thing
The only baggage that you can bring...
And love is not an easy thing....
The only baggage you can bring
Is all that you can't leave behind
And if the darkness is to keep us apart
And if the daylight feels like it's a long way off
And if your glass heart should crack
And for a second you turn back
Oh no, be strong
Walk on, walk on
What you got they can't steal it
No they can't even feel it
Walk on, walk on...
Stay safe tonight
You're packing a suitcase for a place none of us has been
A place that has to be believed to be seen
You could have flown away
A singing bird in an open cage
Who will only fly, only fly for freedom
Walk on, walk on
What you've got they can't deny it
Can't sell it, or buy it
Walk on, walk on
Stay safe tonight
And I know it aches
And your heart it breaks
And you can only take so much
Walk on, walk on
Home... hard to know what it is if you've never had one
Home... I can't say where it is but I know I'm going home
That's where the hurt is
And I know it aches
And your heart it breaks
And you can only take so much
Walk on, walk on
Leave it behind
You've got to leave it behind
All that you fashion
All that you make
All that you build
All of that you break
All that you measure
All that you steal
All this you can leave behind
All that you reason
All that you sense
All that you speak
All you dress up
All that you scheme...