Lu

Minha vida em 2008 foi uma novela- daquelas de quinta categoria, tipo Bete, a Feia na versão colombiana.

Muitas dramas, choros, amores, porres, desenvolvimento de teses esdúxulas, nenhuma pautada na vida real. Tomei cada tombo por desconhecimento teórico e prático...

Mas voltando à vaca fria- RETROSPECTIVA 2008- muitas mudanças, principalmente de atitude! Finalmente voltei a Terra depois de viver no mundo intelegível de Platão.


Não seria justo se eu dissesse que eu só me ferrei, mas digamos que ocorreu em 97% do tempo útil, pero TUDO válido, afinal o que não mata, fortalece, diria o sábio.

E claro que no mundo dos percalços nós encontramos pessoas fantásticas já que o mais bacana do ano foi que eu não me fodi sozinha. Tive grandes companheiros na arte de entrar pelo cano, dar com os burros n' água, enfiar o pé na jaca, chorar as pitangas. Amigos (as) e seguidores (as) fiés em todas as espécie de presepadas!

Justiça seja feita: quantos amigos sensacionais eu tenho! Oxalá meu Pai! Novos ou velhos, essa galerinha deu show em 2008!

Contudo, por incrível que pareça eu estou feliz, muito FELIZ mesmo, quase ao ponto de rolar no chão dando gargalhadas histéricas! Brincadeira...

Falando sério, dei uma mega virada de mesa em 2008 em muitos sentidos: Tirei do fundo do baú a pequena cangaceira ítalo-nordestina que costumava abalar os recintos com comentários ácidos, mas sempre sinceros e que, sem querer, impunha um estilinho meio estranho de enxergar o mundo para total infelicidade do mundinho TFP que vive. Soy yo!

Que venha 2009! E você, caro ano que está chegando, encontrará uma Luzinha mais calejada, um pouco menos estúpida, um tiquinho mais esperta e super disposta para o que vier!

FELIZ 2009 aos meus amigos-leitores e leitores-amigos!! Continuem me esculhambando no ano vindouro porque EU GOSTIO!!!!
Lu


Passei alguns anos hibernando, curando feridas, me resgatando, descobrindo outras facetas da minha existência e, quando voltei, encontrei um mundo diferente; o das pessoas descartáveis.


Não sei bem como isso se deu - ou se talvez essa realidade já estivesse presente antes e não percebi - mas foi chocante constatar o quanto se tornou normal a coisificação dos humanos.


Vive-se uma cultura onde a praxe é conferir utilidade às pessoas, que passam a ser tratadas de acordo com essa utilidade. Esse alguém passa a ter uma espécie de preço, uma valoração que dependerá do momento, da necessidade e dos desejos humanos.


É bem incomum as pessoas terem interesse pelo outro, pela sua vida, seus gostos, suas limitações e sua essência. As relações são superficiais porque as pessoas são consideradas descartáveis, tanto por quem descartou quanto pelo próprio descartado que, não raras vezes, tem orgulho dessa condição. Impressionante.


Eu acredito que as pessoas não têm preço, têm valor. O conjunto de valores que uma pessoa possui e a forma com que ela faz jus a eles definem a sua dignidade.


Não sou uma pessoa que se conforma facilmente com a vida, o destino e essas coisas... Confesso que tentei dançar conforme a música, mas não teve jeito. Eu, simplesmente, não me conformo.


Todos podem escolher a forma como querem percorrer a vida; pelo atalho do preço ou o caminho do valor. Penso que já fiz minha escolha.
Lu
Tenho um sonho: Ser o Xico Sá! E ele sabe disso.

XICO, QUANDO EU CRESCER VOU SER IGUALZINHA A VOCÊ!

http://carapuceiro.zip.net
Lu


Por alguma razão que eu desconheço é extremamente comum as pessoas me procurarem pedindo conselhos e opiniões.

Fico lisonjeda mas um pouco cabreira..De onde tiraram que eu tenho know how para opinar sobre qualquer assunto que seja? Poucas pessoas falam tanta bobagem ou tem os pensamentos tão virados quanto os meus...

Enfim - e já que é assim - resolvi elaborar uma pequena lista com as perguntas mais frequentes que me chegam aos ouvidos:


1- "Fulana(o) vai jantar em casa. O que eu faço para impressionar?"
Moqueca de peixe, meu (minha) caro (a). Simples, leve, gostoso e quem vê, acha que deu um trabalhão para fazer.


2- "Com que roupa eu vou?"
Com uma preta. Elegante e emagrece.


3- "Combinei de sair com dois rolos no mesmo dia...E agora?"
Bem: 1º .escolha o que te diverte mais; 2º . Seja gentil com o outro; 3º Tome vergonha na cara! Não existem mais a monogamia e a ombridade no mundo?


4- "Não gosto do meu trabalho, odeio meu chefe, estou nessa há 5 anos mas ainda não pensei em procurar outra coisa..." ou " Meu casamento (namoro, relação) está uma merda, eu não amo mais ele(a) mas não tenho coragem de terminar..."
Por gentileza, vá fazer uma terapia.


5- O que eu faço, o que eu faço, o que eu faço?
Diga a verdade. Sempre.
Lu


O Budismo tem uma série de dogmas e leis interessantíssimas. O Dharma fundamental - e o qual eu acredito piamente - é a Lei da Causa e Efeito. Dizem os budistas:

"Toda Ação má provoca um Efeito mau,
Toda Ação boa provoca um Efeito bom,
Toda Acão praticada por uma pessoa, só ela sofre o efeito"


Bem, na quarta-feira fui surpreendida pelas minhas duas grandes companheiras de jornada, Marina e Maria, com uma festa de aniversário surpresa. Eu adorei! Nunca tinha tido uma dessas antes. Estavam presentes novos e velhos amigos, pessoas que eu não via há um tempão, como a Gabi e seu enorme panceps.


O evento me fez pensar em que bem eu havia feito para ter de volta tudo aquilo. E não me refiro apenas à festa, me refiro a estar rodeada de amigos tão sinceros, pessoas tão bacanas que, de alguma forma, eu consegui cativar pela vida.


Todos que estavam presentes merecem minha gratidão e minha incondicional amizade. Marina e Maria, vocês duas, especialmente, merecem um prêmio Nobel. Vou enviar seus nomes para o Comitê Sueco no próximo ano. Vocês me aturaram tanto, me ouviram tanto, agüentaram todos meus chororôs durante o ano e, mesmo assim, tiveram a iniciativa e o puta trabalho de me dar uma festa. MUITO OBRIGADA!


Estou muito feliz com meus trinta e dois anos. Nunca tive qualquer neura com idade. Segundo o João Ubaldo, “a idade não está na mente, está nas juntas” e as minhas continuam intactas. Sou moleca, sorridente e otimista, aparento ser bem mais nova do que sou. Desta forma, não ligo para os anos, para as velas do bolo, para as memórias de infância que para alguns, remontam a era mesozóica.


Ao invés disso, comemoro a cada ano meu progresso. Sou muito melhor hoje do que eu era aos vinte anos. Hoje tenho plena consciência dos meus princípios, da minha personalidade, das minhas vontades, do meu corpo, do meu espírito. Tenho um auto-orgulho incrível. O amor que eu recebo diariamente, meus amigos e meu filho são prova de que estou no caminho certo.

Lu
Costumo dizer que virei gente depois que o Pepeu nasceu... e é a mais pura verdade.

Confesso que nunca quis, realmente, ser mãe. Sempre gostei de crianças, tomei conta de várias mas não via com muito ânimo a possibilidade de ter as minhas porque sou uma pessoa que preza muito a própria solidão.
Quando estou em casa gosto de passar horas no meu silêncio, ruminando coisas, criando teorias, viajando em roteiros imaginários que eu sei que jamais escreverei.

Eu simplesmente AMO esses momentos e a maternidade não combina com eles. Crianças, eu pensava, nos solicitam o tempo inteiro e eu sou muito egoísta para dar meu tempo integral a elas.

E tive o meu.

O nascimento do Peu é uma história à parte: Como sempre fui super natureba e confiava plenamente na minha capacidade de parir, exigi um parto natural. Não normal, natural; sem drogas, anestesias ou intervenções médicas. Na verdade eu queria um parto domiciliar, mas para não enfartar o pai da criança, abri a concessão de dar a luz em um hospital...

Virei São Paulo do avesso e, quando faltavam três semanas para o nascimento, encontrei o médico ninja que topou acompanhar o parto nos meus termos. Contratei uma doula e me preparei para a festa.

O trabalho de parto durou 30 horas. Eu entrei no hospital na quinta e Pepeu nasceu no sábado. Embora exausta, eu estava radiante.Tudo saiu como eu imaginava e todos saíram ganhando: A comunidade médica ganhou a comprovação fática de que mulheres pequenas podem parir crianças grandes naturalmente e que tudo acaba bem, eu ganhei perspectivas- percebi que posso tudo- e o hospital, por dois dias, ganhou uma atração- recebi a visita de médicos, enfermeiras, doulas e até do diretor da maternidade que queria conhecer, pessoalmente, a maluca do 719, também conhecida como “Luluzinha 30 horas”.

Estranhei o bebê no começo. Não foi aquele amor à primeira vista que todas diziam. Desequilíbrios hormonais também não ajudaram nessa adaptação inicial....passei duas semanas chorando sem parar.

Uma madrugada, depois de três semanas do nascimento, estava amamentando o pequeno, exausta, descabelada, faminta, me acostumando ao fato de ter que alimentar um bebê de hora em hora, 24 horas por dia, com meu próprio corpo quando.... aconteceu. Por um instante, um instante rápido, ele abriu os olhinhos, me olhou fixamente e deu uma espécie de sorriso, me reconhecendo. Foi aí que eu virei mãe.

A partir daquele momento começou a delícia das pequenas descobertas; aquela pintinha que ele tem igual a minha e no mesmo lugar, os cílios cumpridos, o sorriso, os mesmos olhos expressivos, o jeito tímido diante de estranhos, a unha roída pela ansiedade...

E o amor...ah, o amor! Sempre ouvi falar do amor de mãe mas só hoje eu entendo a plenitude do sentimento. Quando o amor de mãe despertou em mim, não foi apenas em relação ao Peu, mas se estendeu a toda a humanidade. Hoje me sinto um pouco responsável por cada pessoa que me rodeia.

Dizem que ser mãe é padecer no paraíso...eu acho que ser mãe é se divertir no inferno. A rotina não é fácil mas eu não me lembro de como era minha vida antes do Pepeu. Cada noite sem dormir (e não foram poucas), cada minuto em um pronto-socorro pediátrico, cada CD riscado, livro desenhado, monitor arranhado valem pela frase espontânea, sincera e quase distraída: “Mamãe , você é uma plincesa”.

...................

Esse relato é uma parte da minha história, um pedaço da minha vida, uma parte minha que ofereço a duas mães especiais: à minha grande amiga Gabi, que está para iniciar seu próprio relato com a Beatriz e à minha amiga-irmã Raquel, que presenteou o universo com a sua Rafaela.

Beijos às duas. Amo vocês.
Lu

"A honestidade é coisa durável por ter geralmente pouco uso."
Provérbio sueco
Lu

O pessoal anda reclamando do conteúdo desse blog.


Dizem que tenho fama de ser “cabeça” e que até agora não postei nada que preste.


Querem que eu discorra sobre o existencialismo de Camus em oposição a Sartre. Querem que eu dê minha opinião sobre pan-arabismo e atual situação política no Oriente Médio. Querem que eu fale de cinema e defina a nouvelle vague nacional. Querem que eu escreva sobre música e explique porque eu, admiradora confessa do punk/rock, agora navego pelas águas pacíficas da MPB...


Pessoas, não escreverei sobre nada disso por um motivo muito simples: Esse não é um espaço democrático. O blog é meu e eu falo sobre o que eu quiser e, sinceramente, não ando com a menor disposição de bancar a intelectual.


Para terem uma idéia do desapego, até o Win eu abandonei. Além disso, troquei O Aleph pelo Comer, Rezar e Amar, sem um pingo de peso na consciência e não terminei nenhum dos dois.


Estou numa fase em que o que eu quero é simplificar a vida e me dedicar aos assuntos comezinhos do dia-a-dia. Não quero saber do colapso da economia mundial, não quero saber dos reflexos da eleição do Obama, não quero saber nada sobre a quebra de sigilo do Protógenes...O que me interessa saber, atualmente, é se realmente a Luana não voltará para o Dado.

Não quero ser inteligente, quero estar magra.
Essa é minha fase atual e vou curtindo enquanto durar. Até lá me reservarei ao direito de ser fútil e um pouco egocêntrica....só para fazer diferente.
Lu

And love is not an easy thing
The only baggage that you can bring...
And love is not an easy thing....
The only baggage you can bring
Is all that you can't leave behind
And if the darkness is to keep us apart
And if the daylight feels like it's a long way off
And if your glass heart should crack
And for a second you turn back
Oh no, be strong
Walk on, walk on
What you got they can't steal it
No they can't even feel it
Walk on, walk on...
Stay safe tonight
You're packing a suitcase for a place none of us has been
A place that has to be believed to be seen
You could have flown away
A singing bird in an open cage
Who will only fly, only fly for freedom
Walk on, walk on
What you've got they can't deny it
Can't sell it, or buy it
Walk on, walk on
Stay safe tonight
And I know it aches
And your heart it breaks
And you can only take so much
Walk on, walk on
Home... hard to know what it is if you've never had one
Home... I can't say where it is but I know I'm going home
That's where the hurt is
And I know it aches
And your heart it breaks
And you can only take so much
Walk on, walk on
Leave it behind
You've got to leave it behind
All that you fashion
All that you make
All that you build
All of that you break
All that you measure
All that you steal
All this you can leave behind
All that you reason
All that you sense
All that you speak
All you dress up
All that you scheme...
Lu

Ter objetivos na vida é fundamental, ainda mais quando se tratam de causas nobres.


Já me envolvi em diversos projetos bacanas; sociais, humanitários e libertários. Houve época em que se eu não estivesse ocupada com alguma causa, tinha a impressão de que a minha vida estava mergulhada no mais profundo vazio.


Com o tempo, a rotina e suas inevitáveis obrigações - se formar, fazer uma pós, casar, ter filhos, descasar, criar os filhos, fazer análise para lidar com tudo isso... - nos consome e esses objetivos passam a ser uma lembrança romântica da juventude.


Pois bem, é com enorme orgulho que anuncio: Tenho uma nova causa!


E não é social, humanitária ou libertária; à primeira vista, é fútil mesmo.


Após dois finais de semana de reflexão, cheguei a algumas conclusões óbvias: Passei esse último ano vivendo de excessos; me expus demais, reclamei demais, gastei energias demais, gastei dinheiro demais, entrei em presepadas demais, bebi demais, chorei demais e o que eu ganhei com tudo isso? Cinco quilos.


Desta forma, numa tentativa desesperada de auto-resgate, meu mais novo objetivo é perder esses cinco quilos até o Reveillon. Isso mesmo, amiguinhos, tenho nove semanas para, pelo menos, voltar à estaca zero.


Vejam como funciona a minha mente: Reveillon representa novo começo e novas expectativas (ai expectativas... que assunto difícil para mim). Sendo assim, pretendo passar a virada de branco, pulando ondinhas e acendendo velas a todos os orixás que tenho direito.


Para isso quero estar zerada. Depois de vivenciar os dois extremos em um só ano, quero entrar no novo período carregando o mínimo de bagagem possível. Até lá quero estar livre das mágoas, das experiências erradas, dos apegos desnecessários, dos sentimentos mesquinhos, do choro preso, dos falsos amores, das decepções, dos arrependimentos, de todas as espécies de frustrações, do pessimismo, da insegurança, da incompreensão, do inconformismo tudo isso que, tenho certeza, atualmente representam cinco quilos a mais na balança.


É isso.


E ai de quem disser que a minha causa não é nobre.
Lu
Não sei o porquê, mas sempre tive a convicção que as orações em latim ou italiano chegam mais rápido aos ouvidos celestiais.

Sendo assim:

"Angelo di Dio, che sei il mio custode, illumina, custodisci, reggi e governa me, che ti fui affidato dalla pietà celeste. Amen"

Lu
Poucas coisas na vida são tão tristes quanto a perda do tesão e, frise-se desde já, não estou tratando-o no no sentindo sexual, embora, neste caso, sua perda seja igualmente deprimente.
Muitas vezes é repentino; uma situação, um acontecimento, uma palavra podem acionar aquela travinha de "off" da nossa motivação e/ou ânimo e, quando isso acontece, é muito difícil reverter.

Falo por mim: Sou uma das espécies de vida mais alegres e otimistas do planeta, basicamente o cruzamento de um labrador com um hare krisna. Também carrego comigo uma dose desproporcional de esperança. Dessa forma me desanimar não é evento comum.

Mas acontece.
Fazendo uma análise das poucas vezes que me encontrei nessa situação, descobri que seu estopim foi a perda de fé nas pessoas. Perder a fé em alguém é como perder a pessoa.
Acredito incondicionalmente em todos, mesmo sabendo não ser essa uma atitude muito sensata. Claro que com tal hábito quebro a cara mais vezes do que deveria. O grande problema é quando esse "quebrar a cara" vem acompanhado pela perda de tesão.

Aí meus caros, só me resta fazer uma oração em silêncio pedindo deseperadamente pelo resgate da fé em mim mesma.
Lu

Está para iniciar a minha época preferida do ano, meu carnaval particular: Começa, na sexta, a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, este ano, na sua 32ª edição.


Posso dizer que nasci com a Mostra embora a acompanhe, efetivamente, desde 1992 .Foi nesse ano que eu assisti a um debate com um diretor americano novato que estava no Brasil divulgando seu primeiro filme: Cães de Aluguel. Um ano mais tarde o cara ficou mundialmente famoso com o lançamento de Pulp Fiction que, na minha opinião, conta com a melhor trilha sonora da história do cinema (junto com Drácula de Bram Stockler e More and Better Blues, do Spike Lee).


Para enumerar alguns dos momentos marcantes de 16 anos de Mostra, vou me valer das lembranças mais instantâneas, independente da cronologia ou da importância; assistir aos primeiro filmes do Dogma 97 e sair da sala levemente chocada; chorar compulsivamente durante os filmes da trilogia do Kieslowski baseada nas cores da bandeira francesa e nos ideais da revolução; surpreender-me com a delicadeza do cinema iraniano, me emocionar ao presenciar meu primo Flávio ser aplaudido, de pé, durante dez minutos, após a exibição de Terra Estrangeira.


O diferencial deste ano é a seleção de muitos filmes sobre música, incluindo o dirigido pelo Branco Melo sobre a história dos Titãs. E o melhor: Semana que vem, Win Wenders nos dará a honra de sua presença !!!
Lu
Com o perdão da blasfêmia: Wim Wenders é meu pastor e nada me faltará.
Lu

Embora eu a desconheça, tenho certeza que essa pergunta tem uma resposta lógica:

Qual a finalidade de se criar um porco fluorescente?
Lu

Ontem, encontrei o Mancha na rua e graças a ele voltei a um tempo bem marcante da minha vida.

Deixe-me explicar:

É difícil alguém que freqüenta ou freqüentou o underground paulista nos últimos 15 anos, não ter ouvido falar no“Tubaína do Demônio”.

Eu me lembro que a primeira demo que caiu na minha mão foi uma cópia enviada para MTV, senão me engano, em 1994 (pois é, a emissora no seu início contratava adolescentes para escrever os releases que iam para o ar). O que me chamou a atenção foi o encarte e as letras como “De Queluz eu não passo” (para quem não sabe, Queluz é a última cidade paulista antes de entrar no estado do Rio de Janeiro). Esse humor totalmente politicamente incorreto foi um marco na época e era irresistível para um(a) adolescente.

A banda nem sequer tinha baterista, se apresentavam com o auxílio de bateria eletrônica nos barzinhos como o Black Jack e no finado Aeroanta, sempre levando muito público. A banda era na verdade a dupla Paulo “Mancha” e “Bife”. Faziam um humor bastante paulista, no estilo do Premeditando o Breque e Língua de Trapo. Com a saída do “Bife” a banda perdeu o “...do Demônio” do nome e ganhou novos integrantes.
Apesar da gravação tosquíssima, era bom ouvir músicas como “O Diabo é Português”, “Deus e o Diabo em Sorocaba” “Nem”, “Biribol” e outras pérolas... As letras eram divertidas e inteligentes e a música quase impossível de se ouvir sem rir.

É óbvio que esse tipo de som é engraçado da primeira vez que se escuta e que é preciso um pouco de paciência para agüentar a precariedade da gravação. Também acho difícil ouvir mais de duas vezes a mesma piada mas é ótimo saber que a banda está ainda na ativa destilando seu humor totalmente politicamente incorreto.

Boa sorte Mancha!
Lu
Gente, gente!!!
Depois de descobrir que o acelerador de partículas não criará um buraco negro que sugará eu, você e toda a vizinhança, surgiu um novo problema para nos afligir...Vejam a notícia que saiu no Folha on line de hoje:



"A pedido da Band, Xuxa poderá fazer exame psicológico"


Nããããoooooooooooooo!!!!!!!!!!!!
Lu

Hoje a Bolsa teve uma queda recorde e com ela despencou o ânimo de muita gente. Recebi ligações de pessoas histéricas, a maioria mais preocupada com um futuro próximo apocalíptico do que com perdas financeiras propriamente ditas.

Entendo pouquíssimo do mercado financeiro. E de economia em geral. Aliás, descobri outro dia, com muita surpresa, que Adam Smith não era economista e não criou nenhuma teoria revolucionária.

Na verdade o sujeito foi cientista político e fez uma compilação de todas as teorias até então criadas, tirando conclusões óbvias como a que “o capitalismo gera desigualdades”, “o Estado não deve intervir na economia”, etc...

O mais surpreendente é que, entra século e sai século, as discussões continuam as mesmas. A economia torna-se mais complexa, as causas que levam aos colapsos mundiais vão se modernizando e os caras que entendem do assunto continuam gastando um tempo medonho discutindo questões completamente defasadas.

Mas como eu disse, não entendo nada de economia...
Lu

Estou especialmente mal humorada.

É muito comum eu ouvir as pessoas me dizerem: "Você é maluquinha!"
Vamos aos fatos:

A verdade é que eu não sei fazer joguinhos.

E no fundo, acho que nem quero aprender a fazer.

Eu sorrio quando estou feliz. Eu fecho a cara se algo não me agrada. Eu falo que gosto se eu gosto. E se não tenho algo bom para falar, evito de abrir a boca a não ser que me perguntem ou que eu não aguente e acabe falando.

Além disso sou tímida. Muito tímida. As pessoas que eu conheço pouco me acham uma bocó. Eu fico quieta, não me surge nenhuma opinião e posso ter umas espécies de espasmos nervosos.

Então: Ha Ha engraçadinhos! Eu não sou maluquinha. Vão se ferrar. Maluquinhos são mongóis e babam. Eu sou apenas séria e coerente.
Lu

DELETEI O TEXTO...NÃO GOSTAVA DELE.
Lu

Já definiram a culpa como um sentimento que parte de alguém que transgrediu (ou acha que transgrediu) alguma norma, seja ela social, legal, moral, ética ou religiosa.

Nesses últimos tempos, as conversas recorrentes com amigos e conhecidos tem girado em torno desse assunto.

A moça madura, bem resolvida, sai com um cara pela primeira vez e transa com ele: culpa. O cara descolado arrasta um relacionamento com uma moça que não ama há séculos, beija outra que considera interessante e, possivelmente, candidata ao posto de amor da sua vida e...culpa. Outro rapaz, cultíssimo, inteligente e bem sucedido aceita uma relação absurdamente castradora porque se resolver a questão não vai conseguir dormir de tanta CULPA!!!

Me considero uma pessoa desprovida de maiores frescuras e, sendo assim, meus amigos mais próximos contam com a mesma característica. Mas realmente não sei o que cazzo anda acontecendo com todo o mundo; burros velhos - e me incluo nessa- que andam sofrendo de culpa e, diga-se de passagem, pelos motivos mais esdrúxulos.

Uma grande besteira...

Aconselho as pessoas que me procuram sofrendo de culpa a desenvolver a tolerância ou melhor dizendo a auto-tolerância. O mundo é está dominado por mentes obtusas e arcaicas! Que culpa que nada! Somos maiores e melhores que tudo isso!!

Culpados que me rodeiam abram suas mentes, vamos viver livres e sofrer pelo que realmente é relevante!!

Amém.


Lu

A primeira idéia para esse blog foi tentar rascunhar um tratado sobre a estupidez cotidiana, não do ponto de vista intelectual, mas discorrer sobre as pequenas e grandes bobagens que as pessoas normalmente são capazes de fazer no dia-a-dia. E, claro, tentar purgar um pouco as minhas.

Mas pensando bem, o blog seria árido...chato mesmo. Mudei de idéia, afinal é fundamental a gente sempre manter uma postura minimamente positiva... e falar sobre bobagens, não leva a ninguém a lugar algum.

Fica então um espaço para desabafo, impressões, reflexões e para as pérolas que constantemente nos passam pela cabeça.