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Ter objetivos na vida é fundamental, ainda mais quando se tratam de causas nobres.


Já me envolvi em diversos projetos bacanas; sociais, humanitários e libertários. Houve época em que se eu não estivesse ocupada com alguma causa, tinha a impressão de que a minha vida estava mergulhada no mais profundo vazio.


Com o tempo, a rotina e suas inevitáveis obrigações - se formar, fazer uma pós, casar, ter filhos, descasar, criar os filhos, fazer análise para lidar com tudo isso... - nos consome e esses objetivos passam a ser uma lembrança romântica da juventude.


Pois bem, é com enorme orgulho que anuncio: Tenho uma nova causa!


E não é social, humanitária ou libertária; à primeira vista, é fútil mesmo.


Após dois finais de semana de reflexão, cheguei a algumas conclusões óbvias: Passei esse último ano vivendo de excessos; me expus demais, reclamei demais, gastei energias demais, gastei dinheiro demais, entrei em presepadas demais, bebi demais, chorei demais e o que eu ganhei com tudo isso? Cinco quilos.


Desta forma, numa tentativa desesperada de auto-resgate, meu mais novo objetivo é perder esses cinco quilos até o Reveillon. Isso mesmo, amiguinhos, tenho nove semanas para, pelo menos, voltar à estaca zero.


Vejam como funciona a minha mente: Reveillon representa novo começo e novas expectativas (ai expectativas... que assunto difícil para mim). Sendo assim, pretendo passar a virada de branco, pulando ondinhas e acendendo velas a todos os orixás que tenho direito.


Para isso quero estar zerada. Depois de vivenciar os dois extremos em um só ano, quero entrar no novo período carregando o mínimo de bagagem possível. Até lá quero estar livre das mágoas, das experiências erradas, dos apegos desnecessários, dos sentimentos mesquinhos, do choro preso, dos falsos amores, das decepções, dos arrependimentos, de todas as espécies de frustrações, do pessimismo, da insegurança, da incompreensão, do inconformismo tudo isso que, tenho certeza, atualmente representam cinco quilos a mais na balança.


É isso.


E ai de quem disser que a minha causa não é nobre.