Lu


Passei alguns anos hibernando, curando feridas, me resgatando, descobrindo outras facetas da minha existência e, quando voltei, encontrei um mundo diferente; o das pessoas descartáveis.


Não sei bem como isso se deu - ou se talvez essa realidade já estivesse presente antes e não percebi - mas foi chocante constatar o quanto se tornou normal a coisificação dos humanos.


Vive-se uma cultura onde a praxe é conferir utilidade às pessoas, que passam a ser tratadas de acordo com essa utilidade. Esse alguém passa a ter uma espécie de preço, uma valoração que dependerá do momento, da necessidade e dos desejos humanos.


É bem incomum as pessoas terem interesse pelo outro, pela sua vida, seus gostos, suas limitações e sua essência. As relações são superficiais porque as pessoas são consideradas descartáveis, tanto por quem descartou quanto pelo próprio descartado que, não raras vezes, tem orgulho dessa condição. Impressionante.


Eu acredito que as pessoas não têm preço, têm valor. O conjunto de valores que uma pessoa possui e a forma com que ela faz jus a eles definem a sua dignidade.


Não sou uma pessoa que se conforma facilmente com a vida, o destino e essas coisas... Confesso que tentei dançar conforme a música, mas não teve jeito. Eu, simplesmente, não me conformo.


Todos podem escolher a forma como querem percorrer a vida; pelo atalho do preço ou o caminho do valor. Penso que já fiz minha escolha.
3 Responses
  1. Unknown Says:

    Você precisa ser menos romântica e mais parnasiana.Já tomou tanto na cabeça por isso. Tenha uma coisa em mente: o mundo não é dos sensíveis.Pelo menos não esse mundo que vc vive. Vamos ver até quando vc vai quebrar a carinha até descobrir que se tem que dançar conforme a música...mas com convicção.


  2. Anônimo Says:

    preciso de uma ajuda.estou em um namoro de 3 anos e meio e descobri que meu namorado está ficando com outra pessoa.eu pergunto e ele mente e eu tenho certeza que é mentira porque vi os e-mails dele para ela.não queria que tudo terminasse. o que eu faço?


  3. Lu Says:

    Você tem sorte, querido (a) anônimo(a); primeiro porque eu ando muito bacaninha e depois fiquei sensibilizada pelo seu post nesse blog. Meu próximo texto será sobre o assunto. Obrigada!